Perguntas Frequentes
01.
Como lê uma pessoa disléxica?
Varia de caso para caso, dependendo do nível de automatização da leitura. Poderá, ao ler, fazer hesitações, inversões, omissões, adições, substituições, quer de sílabas ou letras, quer de palavras, saltar linhas, etc. Em geral, a leitura de um disléxico, é uma leitura sem fluência e expressividade.
02.
Os disléxicos são preguiçosos?
A ideia de que os disléxicos são preguiçosos é errónea. Há aqueles que o são e os que o não são, como com qualquer outro aluno. O que se passa com a realização de tarefas pelos disléxicos, é antes uma questão de lentidão no processamento de informação para resolução das mais variadas atividades intelectuais. Os disléxicos ao utilizarem outras áreas do cérebro para resolução de tarefas demoram naturalmente mais tempo. Por isso, em tarefas escolares (realização de exercícios, testes de avaliação escrita, etc.) os disléxicos necessitam de mais tempo.
03.
Como deve estudar um disléxico?
Um disléxico deve estudar diariamente; quando faz os deveres escolares e quando revê a matéria dada para sistematizar melhor os conhecimentos, deve estudar sem elementos distratores (Televisão /Rádio, etc.) para potenciar o nível de atenção e concentração; deve poder recorrer a apontamentos, usar um caderno de estudo para efetuar súmulas e elaborar mapas conceptuais, de forma a apoiar a memória, pelo recurso a imagens visuais, visuo-espaciais e auditivas. Um disléxico precisa de segurança no estudo e essa segurança é-lhe dada pelo trabalho sistemático. E necessita de dominar os conteúdos, pois se estiver inseguro não tem mecanismos eficientes para ativar conhecimento/informação uma vez que a memória a curto prazo não responde da melhor forma. Se estudar com tempo, a memória imediata não é ativada, mas sim a memória a médio prazo e essa responde melhor.
04.
Uma criança do pré-escolar já é disléxica?
Não, porque a criança nessa fase ainda não sabe ler, portanto ainda não é disléxica. Todavia pais e educadores podem estar alertados para certos sinais, tais como: ser desatenta ou ter dificuldade em concentrar-se; ter um atraso no desenvolvimento da linguagem e nas atividades de expressão oral; ter dificuldade em fixar as cores, a sua direita e esquerda, ou rimas e canções e em participar em jogos de memória, em efetuar traçados do tipo grafismos, em representar a figura humana, etc; manifestar desinteresse por tarefas do tipo “escolar” e de secretária (estar sentado, realizar fichas, ouvir histórias).
05.
Com que idade poderá ser diagnosticada a dislexia?
Um diagnóstico formal apenas poderá ser feito após dois anos de escola. Contudo, e perante indicadores que levem a crer que poderá vir a existir uma Dislexia, a criança deverá ser acompanhada (mesmo sem diagnóstico) de forma a evitar que estas dificuldades se agravem. O que acontece é que, na escola, provavelmente, não será possível esse acompanhamento, porque, para poder beneficiar de uma intervenção especializada na escola, o aluno terá de integrar o DL 3/2008, de 7 de janeiro - e para integrar o DL terá de ter um diagnóstico formal. Há escolas que têm já projetos direcionados para alunos com indicadores de possíveis futuras dificuldades na leitura e escrita.